Protetora dos corações apaixonados, Afrodite vive e reina. Séculos passaram-se e ela continua exuberante. Abençoada seja! Em outra oportunidade focarei na Deusa da beleza, mas hoje irei ater-me naquela que está intimamente ligada a ela, mas que não existe quase nenhuma literatura a respeito.
Mas quem é aquela mulher que transparece a beleza da musa cíprica em sua face? Quem é essa que parece a encarnação da mãe do Cupido? Quem é essa que ao mesmo tempo que nos passa o AMOR mais puro, traz a paixão ardente da Grande Mãe e do Grande Caçador? Ela é a filha de Afrodite, voz da Deusa na
Terra, ensina, CURA , protege e planta amor.
A Sacerdotisa de Afrodite sempre existiu e possui todos os aspectos da divindade: amorosa, delicada, extrovertida, sensual e bondosa. Mas não pise no calo dela, pois sua cólera é amarga e se sua essência é o amor, sua face negra é a ausência deste sentimento ou a indiferença. Aquela que pisa e estraçalha, mas não se machuca e segue sua vida da forma mais bela, sem levar feridas junto ao corpo.
Muitas pessoas, principalmente mulheres que seguem e servem a essa divindade, comumente pregam o amor, mas esquecem de trabalhar todas as suas vertentes e acabam se fixando somente no AMOR sensual e atrativo, o que nem sempre é tão bom, pois vezes terminam canalizando o “negativo” de Afrodite.
O real papel da filha de Afrodite é pregar o AMOR independente de tudo. Ela como qualquer outro ser humano possui suas fragilidades e medos, porém deve estar treinada para não demonstrar isso aos que a rodeiam. Tem que ser capaz de quando necessário romper as barreiras de sua delicadeza e buscar máxima força. Para muitos magos e estudiosos, Afrodite é a mais poderosa do Olimpo. Por quê? Porque foi ela quem dominou humanos e mortais com o seu amor, inclusive Zeus, o Deus dos Deuses. A Deusa do AMOR sempre foi temida entre as deusas e suas provocações sempre foram aquelas que aconteciam das formas mais sutis, porém eram as mais dolorosas nas outras deidades.
Na Grécia Antiga, a Sacerdotisa de Afrodite dedicava-se única e exclusivamente a essa divindade. Viviam em templos que honravam a Deusa do AMOR e eram as mais desejadas das Polis (cidades-estados da Grécia antiga). Normalmente iniciavam JOVENS rapazes na vida sexual e traziam alegria àqueles que não viam mais graça na vida. Grande parte delas eram conhecidas como “prostitutas sagradas”, mas diferente da prostituta comum que vende o prazer, elas trabalhavam energética e emocionalmente em cada indivíduo. Era comum que se prostituíssem para levantar fundos destinados às melhoras dos templos.
Existiam divisões e cada Sacerdotisa de Afrodite do templo possuía sua função, assim, nem todas se prostituíam. Enquanto algumas trabalhavam magicamente por meio do ato sexual, outras faziam RITUAIS , feitiços, encantamentos e até auxiliavam as camponesas que vinham em seu socorro cada vez que sentiam dificuldades em seu relacionamento. Muitas dessas sacerdotisas tinham como missão preparar novas sacerdotisas.
Com a banalização da Magia e das Divindades Gregas, as Sacerdotisas de Afrodite também foram diminuindo em sua quantidade como o caso das Bacantes, Pitonisas, etc. Mas nunca acabaram de vez, até mesmo porque Afrodite não iria deixar que isso ocorresse. Em linhas gerais, a Sacerdotisa de Afrodite é a mulher que tem a deusa do AMOR despertada em sua essência e conseqüentemente vida. Elas estão voltando e cada uma delas implica em um pontinho de luz e AMOR lutando contra a destruição realizada pelo homem.
http://www.oldreligion.com.br/novo/colunistas/colunas/index.asp?Qs_idColuna=353
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